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Heróis do Frio

 

Voluntários se unem à Promoção Social

e enfrentam baixas temperaturas para

amparar moradores de rua

 

Foram quatro dias desse intenso trabalho solidário

 

Pelo menos 100 moradores de rua foram abordados nos últimos dias em Cornélio Procópio durante operação montada pela prefeitura para atender a essas pessoas durante o período de frio intenso na cidade. Foram pelo menos quatro dias de intenso trabalho voluntário para levar a elas um pouco de conforto e solidariedade humana nesse período de baixíssimas temperaturas.

A iniciativa do município, através de órgãos como Secretaria de Promoção Social e Fundação de Esportes (Fecop), com apoio de cerca de 8 voluntários, desenvolveu ações que começaram na quinta-feira, dia 29 , até a madrugada desta segunda-feira (02). Neste período, foi abordada uma média de 15 a 20 pessoas por noite. O próprio prefeito Amin Hannouche, visitou o local preparado para receber os moradores de rua.

Parte das pessoas abordadas durante a operação foi conduzida para a Casa de Passagem ou para o Ginásio de Esportes 15 de Fevereiro, onde a Fecop improvisou espaços com colchões e cobertores para receber essas pessoas. E, mesmo as que se recusaram receber o atendimento nesses locais, acabaram sendo amparadas com agasalhos e alimentos nos próprios locais onde se encontravam.

“A iniciativa serviu muito para nos mostrar o quanto a nossa gente é solidária”, disse Vanildo Sotero que, em companhia de Rodrigo Marconsin (Pirulito), esteve presente durante todos os dias desta ação solidária. “Foi muito gratificante ver a espontaneidade da população, doando todo tipo de alimento. Neste período, nos chegavam pães, sopa, bolos doces e pizza, tudo doado pela comunidade”, disse Sotero que atribuiu a iniciativa ao prefeito Amin. “A ideia partiu dele que, inclusive fez questão de participar do primeiro dia”, complementou.

Recusas - Nos últimos dias em que o frio foi mais intenso na cidade, com os termômetros marcando apenas 1 grau positivo, esse trabalho voluntário, além do seu real objetivo por essa missão, serviu para revelar outra dificuldade: as recusas pontais pelo atendimento das pessoas que tentam convencê-los a passar um período no abrigo oferecido pelo município.

Não é o desejo de pelo menos metade das pessoas abordadas pela equipe. Acostumada nessas condições, a maioria só aceita mesmo a marmita ou o lanche e o cobertor que lhe são oferecidos. As razões variam de reclamações. Uns alegam dificuldade em deixar os companheiros e os costumeiros locais em algum beco ou locais públicos.

“Sou um morador de rua e agradeço o trabalho de vocês, mas quero ficar aqui mesmo”, revelou Jaime da Silva, de 48 anos, que veio de Maringá. Outro, bastante conhecido na cidade, prefere passar a noite na calçada. “É uma pessoa que todo mundo conhece. Vive em companhia de quatis e outros animais e deixa seus pertences no mato. Quando chega a noite, improvisa sua cama na calçada para passar a noite. Para nós, foi um trabalho gratificante. Estamos agradecidos a Deus”, afirmou Pirulito. (Comunicação/Prefeitura)